Termos Hebraicos relacionados a Elohim
Entre as palavras hebraicas traduzidas por “Deus” está ʼEl,provavelmente significando “Poderoso; Forte”. (Gên 14:18) Ela é usada com referência a Jeová, a outros deuses e a homens. É também usada extensivamente na composição de nomes próprios, tais como Eliseu (que significa “Deus É Salvação”)1Rs 19:16 n e Miguel (“Quem É Semelhante a Deus?”).Re 12:7 n Em alguns lugares, ʼEl aparece com o artigo definido (ha·ʼÉl, literalmente: “o Deus”), com referência a Jeová, diferenciando-o assim de outros deuses. — Gên 46:3; 2Sa 22:31; veja apêndice na NM, p. 1507.
Em Isaías 9:6, Jesus Cristo é profeticamente chamado de ʼEl Gib·bóhr, “Deus Poderoso” (não ʼEl Shad·daí [Deus Todo-poderoso], que é aplicado a Jeová em Gênesis 17:1).
A forma plural, ʼe·lím, é usada com referência a outros deuses, tal como em Êxodo 15:11(“deuses”). É também usada como plural de majestade e excelência, como no Salmo 89:6: “Quem entre os filhos de Deus [bi·venéh ʼE·lím] pode assemelhar-se a Jeová?” Que se usa a forma plural para denotar aqui uma única pessoa, e em numerosos outros lugares, é apoiado pela tradução de ʼE·lím pela forma singular The·ós na Septuagintagrega; igualmente por Deus na Vulgata latina.
A palavra hebraica ʼelo·hím (deuses) parece derivar duma raiz que significa “ser forte”.ʼElo·hím é o plural de ʼelóh·ah (deus). Este plural, às vezes, refere-se a diversos deuses (Gên 31:30, 32; 35:2), com mais freqüência, porém, é usado como plural de majestade, dignidade ou excelência. ʼElo·hím é usado nas Escrituras com referência ao próprio Jeová, a anjos, a deuses-ídolos (singular e plural) e a homens.
Quando aplicado a Jeová, ʼElo·hím é usado como plural de majestade, dignidade ou excelência. (Gên 1:1) Sobre isso escreveu Aaron Ember: “Que a linguagem do A[ntigo] T[estamento] renunciou inteiramente à idéia de pluralidade em . . . [ʼElo·hím] (conforme aplicado ao Deus de Israel) evidencia-se especialmente no fato de que é quase invariavelmente construído com um predicado verbal no singular e tem atributo adjetival singular. . . . [ʼElo·hím] deve ser antes explicado como plural intensivo, denotandograndiosidade e majestade, igual a O Grande Deus.” — The American Journal of Semitic Languages and Literatures (A Revista Americana de Línguas e Literaturas Semíticas), Vol. XXI, 1905, p. 208.
O título ʼElo·hím traz à atenção a força de Jeová como Criador. Aparece 35 vezes sozinho no relato da criação, e toda vez o verbo que descreve o que ele disse e fez está no singular. (Gên 1:1-2:4) Nele reside a essência de forças infinitas.
No Salmo 8:5, os anjos também são chamados de ʼelo·hím, segundo é confirmado pela citação desta passagem por Paulo, em Hebreus 2:6-8. São chamados de benéh ha·ʼElo·hím, “filhos de Deus” (Al); “filhos do verdadeiro Deus” (NM), em Gênesis 6:2, 4;Jó 1:6; 2:1. O Lexicon in Veteris Testamenti Libros (Léxico dos Livros do Velho Testamento), de Koehler e Baumgartner (1958), página 134, diz: “seres divinos, deuses (individuais)”. E a página 51 diz: “os singulares deuses”, e menciona Gênesis 6:2; Jó 1:6;2:1; 38:7. Por isso, no Salmo 8:5, ʼelo·hím é vertido por “anjos” (LXX); “semelhantes a Deus” (NM).
A palavra ʼelo·hím é também usada com referência a deuses-ídolos. Às vezes, esta forma plural significa simplesmente “deuses”. (Êx 12:12; 20:23) Outras vezes é o plural de excelência, e a referência é a um único deus (ou deusa). Todavia, é claramente evidente que esses deuses não eram trindades. — 1Sa 5:7b (Dagom); 1Rs 11:5 (a “deusa” Astorete); Da 1:2b (Marduque).
No Salmo 82:1, 6, ʼelo·hím é usado referente a homens, juízes humanos, em Israel. Jesus citou este Salmo em João 10:34, 35. Eram deuses na sua qualidade de representantes e porta-vozes de Jeová. De modo similar, disse-se a Moisés que ele devia servir de “Deus” para Arão e para Faraó. — Êx 4:16 n.; Êx 7:1.
Em muitos lugares nas Escrituras, ʼElo·hím é também encontrado precedido pelo artigo definido ha. (Gên 5:22) A respeito do uso de ha·ʼElo·hím, F. Zorell diz: “Nas Escrituras Sagradas, especialmente o único verdadeiro Deus, Jahve, é chamado por esta palavra; . . . ‘Jahve é o [único verdadeiro] Deus’ De 4:35; 4:39; Jos 22:34; 2Sa 7:28; 1Rs 8:60etc.” — Lexicon Hebraicum Veteris Testamenti (Léxico Hebraico do Velho Testamento), Roma, 1984, p. 54; os colchetes são dele.
O Termo Grego. O costumeiro equivalente grego de ʼEl e ʼElo·hím na traduçãoSeptuaginta, e a palavra para “Deus” ou “deus” nas Escrituras Gregas Cristãs, é the·ós.
O Verdadeiro Deus Jeová. O verdadeiro Deus não é Deus sem nome. Seu nome é Jeová. (De 6:4; Sal 83:18) Ele é Deus em razão da sua qualidade de Criador. (Gên 1:1;Re 4:11) O verdadeiro Deus é real (Jo 7:28), é uma pessoa (At 3:19; He 9:24) e não é uma lei natural sem vida operando sem um legislador vivo, nem é uma força cega operando por meio duma série de acasos para desenvolver uma ou outra coisa. A edição de 1956 de The Encyclopedia Americana (A Enciclopédia Americana; Vol. XII, p. 743) comentava sob o verbete “Deus”: “No sentido cristão, muçulmano e judeu, o Ser Supremo, a Causa Primária, e em sentido geral, conforme é considerado atualmente em todo o mundo civilizado, um ser espiritual, auto-existente, eterno, e absolutamente livre e todo-poderoso, distinto da matéria que ele criou em muitas formas e que ele conserva e controla. Não parece ter havido nenhum período na história em que a humanidade tivesse estado sem alguma crença num autor e governante sobrenatural do universo.”
Prova da existência do “Deus vivente”. A existência de Deus é provada pela ordem, pelo poder e pela complexidade da criação, macroscópica e microscópica, e pelos Seus tratos com o seu povo no decorrer da história. Os cientistas aprendem muito pelo exame do que se poderia chamar de Livro da Criação Divina. Pode-se aprender dum livro somente quando seu autor investiu nele pensamentos e preparação inteligentes.
Em contraste com os deuses inanimados das nações, Jeová é “o Deus vivente”. (Je 10:10; 2Co 6:16) Em toda a parte há testemunho da sua atividade e da sua grandeza. “Os céus declaram a glória de Deus; e a expansão está contando o trabalho das suas mãos.” (Sal 19:1) Os homens não têm nenhum motivo ou desculpa para negar a existência de Deus, porque “aquilo que se pode saber sobre Deus é manifesto entre eles, porque Deus lho manifestou. Pois as suas qualidades invisíveis são claramente vistas desde a criação do mundo em diante, porque são percebidas por meio das coisas feitas, mesmo seu sempiterno poder e Divindade, de modo que eles são inescusáveis.” — Ro 1:18-20.
Jeová Deus é descrito na Bíblia como vivendo de tempo indefinido a tempo indefinido, para sempre (Sal 90:2, 4; Re 10:6), e como Rei da eternidade, incorruptível, invisível, o único Deus verdadeiro. (1Ti 1:17) Nunca houve outro deus antes dele. — Is 43:10, 11.
Infinito, mas acessível. O verdadeiro Deus é infinito e está além de ser plenamente compreendido pela mente do homem. A criatura nunca poderia esperar tornar-se igual ao seu Criador ou compreender como funciona a Sua mente. (Ro 11:33-36) Mas Ele pode ser encontrado e é acessível, e supre aos seus adoradores todo o necessário para o bem-estar e a felicidade deles. (At 17:26, 27; Sal 145:16) Ele está sempre no apogeu da sua capacidade e disposição de dar boas dádivas e presentes às suas criaturas, conforme está escrito: “Toda boa dádiva e todo presente perfeito vem de cima, pois desce do Pai das luzes celestiais, com quem não há variação da virada da sombra.” (Tg 1:17) Jeová sempre age no âmbito dos seus próprios arranjos justos, fazendo tudo em base legal. (Ro 3:4, 23-26) Por este motivo, todas as suas criaturas podem ter plena confiança nele, sabendo que ele sempre se apega aos princípios que estabelece. Ele não muda (Mal 3:6), e não há “variação” nele na aplicação dos seus princípios. Não há parcialidade da parte dele (De 10:17, 18; Ro 2:11), e é impossível que ele minta. — Núm 23:16, 19; Tit 1:1, 2; He 6:17, 18.